O que pra mim foi o destaque desta campanha, foram os ataques de baixo nível à candidata Dilma Rousseff. Não se ouviram propostas que se sustentam dos outros candidatos, nem da Marina, de quem eu esperava mais, e ao invés de trabalharem nisso, partiram para a calúnia e difamação. Não só dos partidos, como de seus simpatizantes, que aceitaram tudo calados, medidos a cada um por sua conveniência.
Outro ponto imensamente triste e que também faz com que no final, o Brasil saísse perdendo, pois afeta nossa imagem lá fora, foi nossa triste e arcaica imprensa. Foram tantas inverdades, ou verdades aparadas para seu próprio proveito, que a deixou, e creio que não só a mim, desacreditada.
Sou totalmente favorável a que tudo que prejudica nosso país, ou nossas instituições seja divulgado, investigado e julgado e que estes paguem por seus erros. Mas não é assim. É escancarado apenas o que lhes convém. Meias verdades, como o famoso comercial da Folha de São Paulo, que mostra como a realidade pode ser distorcida.
Tudo relacionado ao PT, ou aos contrários a seus interesses, é jogado no ventilador, sem eira nem beira.
Mas do outro lado silêncio. Um exemplo, que está fresquíssimo na memória de todos, a ligação de José Serra a Gilmar Mendes, solicitando que este faça vistas ao processo sobre a exigência de dois documentos para votar. Fosse a Dilma, ou qualquer pessoa ligada ao PT seria manchete de todos os jornais e com direito à reportagem de dez minutos no Jornal Nacional. E o que ouvimos? Silêncio.
Ou outro escândalo que tentaram montar e que também não se sustentou: a violação de sigilo de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB. Mas “esqueceram” que a mesma deixou os dados de milhões de brasileiros há alguns anos atrás, abertos para qualquer um com acesso à Internet.
Poderia citar aqui, dezenas deles. Mas não vem ao caso. Exemplifiquei apenas para esclarecer meu ponto de vista, ou seja, pratos da balança iguais, não pendendo de um lado ou de outro. Total isenção, sei que é impossível, pois não creio que exista uma única verdade, mas no mínimo, o mais próximo dela. Quem ganha? A nação.
Precisamos da informação para tirar nossas próprias conclusões, não que alguém o faça por nós.
Mas talvez, este seja um sonho, portanto, cada um tem que se esforçar para pensar por si, fazer seu prato e não aceitar o PF que nos é ofertado diariamente. Eles não querem que pensemos. Façamos então valer nossa cidadania e... pensemos.
Nesta eleição voto Dilma, voto no PT, mais confiante do que nunca. É uma mulher de fibra, que por sua própria história, sei a garra com que ela lutará por cada um de nós, ricos ou pobres, pretos ou brancos. E meu “feeling” me diz, que o Brasil terá muito orgulho dela, assim como a grande maioria teve de Lula.
Lula levou-nos a um patamar nunca imaginado, até por quem votou nele, trouxe dignidade ao nosso povo, e resgatou o orgulho de ser brasileiro, que muitos haviam perdido.
Muitos têm vergonha deste homem, por ser apenas um operário. Como já disse várias vezes, eu tenho orgulho. E não um orgulhosinho qualquer: um grande orgulho. O fato de ter estudado menos do que nossa “maravilhosa e educada” elite acadêmica, em nenhum momento o desmereceu. Pelo contrário, o colocou acima, o enalteceu. Esta “deficiência” fez com que ele tivesse que provar que era capaz. E provou.
Lá fora, jornais de peso, como o Financial Times, The Independent, New York Times, citando apenas os que me lembro de “bate e pronto”, pois li dezenas, e em sua maioria, enaltecem Lula e sua provável sucessora. Tratam Dilma como a nova “Iron Lady” (Dama de ferro), do cenário mundial. Sim, meus caros, não digitei errado, do Cenário Mundial.
Sim, eles estão olhando para nós. O Brasil existe agora. Não mais por sua corrupção latente, carnaval e futebol, mas um país que cresce economicamente e volta o olhar para os seus filhos.
Há um longo caminho a trilhar. Muitos, os insatisfeitos, aqueles que por mais que você faça, nunca reconhecerão, não se dão conta (ou não querem). Exigem de um único homem e em míseros oito anos, o que ninguém nunca fez por este país. Ele fez. Já colhe hoje algumas destas glórias. Outras serão em longo prazo, por isto nossos políticos não se interessavam (ou se interessam), pois não há um retorno imediato, mas o chute inicial foi dado. E acredito que hoje, a única pessoa habilitada para esta continuidade é Dilma. E ela nos dará um plus, será a nossa Dama de Ferro, mas com certeza, com a sensibilidade feminina que este mundo precisa.


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